Flores

Rosas do deserto: como cuidar e cultivar essa planta exótica

As  rosas do deserto são uma planta que chama a atenção pela sua beleza e singularidade.

Elas tem origem na África e no Oriente Médio, onde cresce em regiões áridas e quentes.

Suas flores são coloridas e variadas, e seu caule é grosso e tortuoso, armazenando água para sobreviver à seca.

Ela é uma ótima opção para quem quer ter um toque de natureza e exotismo em casa, mas é preciso saber como cuidar e cultivar essa planta corretamente.

Neste artigo, vamos te ensinar tudo o que você precisa saber sobre a rosas do deserto, desde a sua história até as suas dicas de cultivo.

Acompanhe!

A história da rosa do deserto

As rosas do deserto, cujo nome científico é Adenium obesum, pertence à família das Apocináceas, a mesma do jasmim e da alamanda.

Ela é nativa de países como Sudão, Etiópia, Somália, Arábia Saudita e Iêmen, onde cresce em solos pedregosos e arenosos, exposta ao sol intenso e à escassez de água.

Ela é considerada uma planta suculenta, pois tem a capacidade de armazenar água em suas partes carnudas, como o caule e as raízes.

Esse caule, chamado de caudex, pode chegar a medir até 2 metros de altura e 3 metros de diâmetro, e tem uma forma irregular e curiosa, que lembra uma árvore em miniatura.

A rosas do deserto foram descobertas pelos europeus no século XVIII, quando o botânico sueco Peter Forsskål a encontrou em uma expedição ao Iêmen.

Ele a batizou de Adenium, em referência ao porto de Aden, na costa do país.

O nome rosa do deserto foi dado pelos árabes, que a chamavam de “desert rose” em inglês, por causa da sua aparência delicada e contrastante com o ambiente árido onde vivia.

A planta logo despertou o interesse dos colecionadores e dos amantes da jardinagem, que passaram a cultivá-la em vasos e a criar novas variedades e híbridos, com flores de diferentes cores, formas e tamanhos.

Hoje, a rosa do deserto é uma das plantas ornamentais mais populares e apreciadas no mundo todo, sendo usada para decorar ambientes internos e externos, e até mesmo para fazer bonsais.

Como cuidar e cultivar as rosas do deserto

A rosa do deserto é uma planta que não exige muitos cuidados, mas que precisa de algumas condições específicas para se desenvolver bem e florescer com frequência.

Veja a seguir as principais dicas de como cuidar e cultivar a sua rosa do deserto:

  • Escolha um vaso adequado: 

O vaso ideal para a rosa do deserto é aquele que tenha uma boa drenagem, para evitar o acúmulo de água e o apodrecimento das raízes.

Prefira os vasos de barro ou de cerâmica, que são mais porosos e permitem a respiração das raízes.

O tamanho do vaso deve ser proporcional ao tamanho da planta, sem ficar nem muito grande nem muito pequeno.

O formato do vaso também influencia na estética e no desenvolvimento da planta.

Os vasos de borda baixa, como os de bacia ou de concha, são os mais indicados, pois favorecem a oxigenação das raízes e o engrossamento do caudex, dando um aspecto mais robusto e bonito à planta.

  • Prepare um substrato adequado:

O substrato é a mistura de materiais que compõem o solo onde a planta será plantada.

Ele deve ser leve, arejado e bem drenante, para que a água não fique retida e cause o apodrecimento das raízes.

Você pode comprar um substrato pronto para suculentas ou fazer o seu próprio, usando os seguintes ingredientes: areia grossa, terra vegetal e húmus de minhoca.

A proporção ideal é de 2 partes de areia para 1 parte de terra e 1 parte de húmus.

Você também pode acrescentar outros elementos, como casca de pinus, carvão vegetal, perlita ou vermiculita, para melhorar a aeração e a retenção de nutrientes do substrato.

  • Regue com moderação: 

A rega é um dos pontos mais importantes e delicados no cultivo da rosa do deserto.

Como ela é uma planta que armazena água em seu caudex, ela não precisa de muita água para sobreviver, e pode até morrer se for regada em excesso.

A frequência e a quantidade de água dependem de vários fatores, como o clima, a estação do ano, o tamanho do vaso, o tipo de substrato e o estágio de desenvolvimento da planta.

Em geral, recomenda-se regar a rosa do deserto uma vez por semana no verão, e uma vez a cada 15 dias no inverno, sempre observando se o substrato está seco antes de regar.

A melhor forma de regar é molhar o substrato até que a água saia pelos furos do vaso, e depois deixar escorrer bem, para evitar o encharcamento.

Evite molhar as folhas e as flores, pois isso pode causar fungos e doenças na planta.

  • Ofereça bastante luz: 

A rosa do deserto é uma planta que adora o sol e precisa de muita luz para crescer e florir.

Ela deve receber pelo menos 6 horas de sol direto por dia, preferencialmente no período da manhã ou no final da tarde, quando o sol é mais ameno.

Se você mora em um lugar muito quente, evite expor a planta ao sol do meio-dia, pois isso pode queimar as suas folhas e flores.

Se você cultivar a rosa do deserto dentro de casa, escolha um local bem iluminado, próximo a uma janela ou a uma varanda, e leve a planta para o sol de vez em quando, para que ela não fique fraca e sem cor.

  • Adube com cuidado:

A adubação é essencial para fornecer os nutrientes que a planta precisa para se desenvolver e florir.

No entanto, é preciso adubar com cuidado, pois o excesso de adubo pode ser prejudicial à planta, causando queimaduras nas raízes e nas folhas, ou estimulando o crescimento excessivo de folhas em detrimento das flores.

O ideal é adubar a rosa do deserto a cada 15 dias na primavera e no verão, e a cada 30 dias no outono e no inverno, usando um adubo específico para suculentas ou para flores, seguindo as instruções da embalagem.

Você também pode usar adubos orgânicos, como farinha de osso, torta de mamona ou húmus de minhoca, mas em pequenas quantidades e com menos frequência, para não sobrecarregar o substrato.

  • Pode com frequência: 

A poda é uma prática importante para manter a forma e a saúde da rosa do deserto.

Ela serve para eliminar as partes secas, doentes ou danificadas da planta, e também para estimular o surgimento de novos brotos e flores.

A poda deve ser feita com uma tesoura ou uma faca bem afiada e limpa, cortando os galhos e as folhas indesejados na base, sem deixar tocos.

A poda também pode ser usada para modelar a planta, dando-lhe um aspecto mais harmonioso e equilibrado.

Você pode podar a rosa do deserto a qualquer época do ano, mas o melhor período é no final do inverno ou no início da primavera, quando a planta está saindo da dormência e se preparando para a floração.

Dúvidas comuns sobre as rosas do deserto

A rosa do deserto é uma planta que desperta muitas dúvidas e curiosidades entre os seus admiradores.

Aqui, vamos responder algumas das perguntas mais frequentes sobre essa planta:

 

  • As rosas do deserto são venenosas?

Sim, as rosas do deserto contém um látex branco e leitoso em seu caule e em suas folhas, que é tóxico para humanos e animais.

Esse látex pode causar irritação na pele, nos olhos e nas mucosas, e se ingerido, pode provocar náuseas, vômitos, diarreia e até parada cardíaca.

Por isso, é preciso ter cuidado ao manusear e podar a planta, usando luvas e evitando o contato com o látex.

Também é recomendável manter a planta longe do alcance de crianças e animais de estimação, que podem se machucar ou se intoxicar com a planta.

 

  • A rosas do deserto dão frutos?

Não, as rosas do deserto não produzem frutos comestíveis, mas sim cápsulas que contêm as suas sementes.

Essas cápsulas são alongadas e verdes, e se abrem quando estão maduras, liberando as sementes ao vento.

As sementes são pequenas e achatadas, e têm uma penugem branca que facilita a sua dispersão.

As sementes podem ser usadas para propagar a planta, mas é preciso semear logo após a colheita, pois elas perdem a viabilidade rapidamente.

 

  • As rosas do deserto podem ser plantada no jardim?

Sim, as rosas do deserto podem ser plantada no jardim, desde que o solo seja bem drenado e arenoso, e que a planta receba bastante sol e calor.

Ela não tolera geadas, neve ou chuvas excessivas, por isso é mais adequada para regiões de clima tropical ou subtropical.

Se você mora em um lugar mais frio ou úmido, é melhor cultivar a rosa do deserto em vasos, e protegê-la das intempéries, levando-a para dentro de casa ou para uma estufa quando necessário.

 

  • As rosas do deserto podem ser enxertada?

Sim, as rosas do deserto podem ser enxertadas, e essa é uma técnica muito usada para criar novas variedades e híbridos, com flores de cores e formas diferentes.

O enxerto consiste em unir uma parte de uma planta (o enxerto) a outra planta (o porta-enxerto), de forma que elas se fundam e cresçam juntas.

O enxerto pode ser feito com um galho, uma gema ou uma flor da planta que se quer reproduzir, e o porta-enxerto pode ser uma rosa do deserto de outra cor ou de outra espécie.

O enxerto deve ser feito com uma faca bem afiada e limpa, cortando as partes que serão unidas em um ângulo de 45 graus, e depois amarrando-as com um barbante ou uma fita adesiva, até que cicatrizem.

O enxerto deve ser protegido do sol e da água até que pegue, o que pode levar de 15 a 30 dias.

Conclusão

As rosas do deserto são plantas fascinantes, que combinam a resistência e a adaptação das suculentas com a beleza e a diversidade das flores.

Ela é uma ótima opção para quem quer ter um pedacinho do deserto em casa, e se encantar com as suas cores e formas.

Para cultivar as rosas do deserto, é preciso seguir algumas dicas simples, como escolher um vaso adequado, preparar um substrato leve e drenante, regar com moderação, oferecer bastante luz, adubar com cuidado e podar com frequência.

Seguindo esses cuidados, você terá uma planta saudável e florida, que vai alegrar o seu ambiente e o seu dia.

Esperamos que você tenha gostado deste artigo, e que ele tenha te ajudado a conhecer melhor a rosa do deserto, e a cuidar dela da melhor forma possível.

Se você tem alguma dúvida, sugestão ou opinião sobre o assunto, deixe um comentário abaixo, e compartilhe a sua experiência conosco.

Obrigada pela sua atenção, e até a próxima!

 

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